Capim do Vale, vara de goiabeira Na beira do rio paro para me benzer Mãe d'Água sai um pouquinho desse seu leito ninho Que eu tenho um carinho para lhe fazer Pinheiros do Paraná Que bom tê-los como areia no mar Mangas do Pará, pitombeiras da Borborema A Ema gemeu no tronco do Juremá Cacique perdeu mas lutou que eu vi Jari não é Deus mas acham que sim Que fim levou o amor Plantei um pé de fulo deu capim Se o Senhor me for louvado Eu vou voltar pro meu serrado Por ali ficou quem temperou o meu amor E semeou em mim essa incrível saudade Se é por vontade de Deus Valei, valei Se pedir a Deus pelo meu prazer Não for pecado Vou rezar pra quando eu voltar a rever Todas as brincadeiras do passado Cortejar meu serrado em dia, feriado Viva o cordão azul e encarnado Eu sei, serei feliz de novo Meu povo, deixa eu chorar com você Serei feliz de novo Meu povo, deixa eu chorar com você Serei feliz de novo Meu povo, deixa eu chorar Eu quero ver Você mandar na razão Pra mim não é Qualquer notícia Que abala o coração Se toda hora é hora De dar decisão Eu falo agora No fundo eu julgo o mundo Um fato consumado E vou-me embora Não quero mais De mais a mais Me aprofundar Nessa história Arreio os meus anseios Perco o veio E vivo de memória Eu quero é viver em paz Por favor me beija a boca Que louca, que louca! Valei-me, Deus É o fim do nosso amor Perdoa, por favor Eu sei que o erro aconteceu Mas não sei o que fez Tudo mudar de vez Onde foi que eu errei? Eu só sei que amei Que amei, que amei, que amei Será talvez Que minha ilusão Foi dar meu coração Com toda força Pra essa moça Me fazer feliz E o destino não quis Me ver como raiz De uma flor de lis E foi assim que eu vi Nosso amor na poeira, poeira Morto na beleza fria de Maria E o meu jardim da vida Ressecou, morreu Do pé que brotou Maria Nem margarida nasceu E o meu jardim da vida Ressecou, morreu Do pé que brotou Maria Nem margarida nasceu