Oh! Mamãe eu fico triste Por não beijar o seu rosto Essa distância entre a gente Vai me matar de desgosto Ninguém sabe calcular A minha cruz como é pendida Por viver longe de quem Mais mim ama nessa vida Tão distante do nordeste Minha saudade é sem fim Só a senhora é quem sabe Fazer as coisas pra mim Lembro sempre da casinha Grande alegria da gente Por que aqui onde eu moro É tudo tão diferente Lembro as minhas roupas velhas Que a senhora remendava E as estórias de trancoso Que de noite me contava Lembro a mangueira frondosa No quintal da nossa casa Onde tinha um balanço Que eu sempre me balançava Aqui eu tenho amigos E outros parentes também Entre colegas e outros Eu tenho pra mais de cem Tenho esposa que me zela E mais alguém que me adora Mais ninguém tem a metade Da bondade da senhora Tenho planos de voltar Pra morar na mesma rua Construir uma casinha Parede e meia com a sua Pra rezar todas as noites Tomar-lhe a bênção depois E só nos separar-mos quando Jesus levar um dos dois