Não vou procurar quem espero, Se o que quero é navegar. Pelo tamanho das ondas, Conto não voltar. Parto rumo à primavera, Que em meu fundo se escondeu. Esqueço tudo do que eu sou capaz, Hoje o mar sou eu. Esperam-me ondas que persistem, Nunca param de bater. Esperam-me homens que resistem, Antes de morrer. Eu vi... mas não agarrei... Eu vi... mas não agarrei... Por querer mais que a vida, Sou a sombra do que sou. E ao fim não toquei em nada, do que em mim tocou. Parto rumo à maravilha, Rumo à dor que houver pra vir, Se eu encontrar uma ilha, Paro pra sentir E dar sentido à viagem, Pra sentir que eu sou capaz, Se o meu peito diz coragem, Volto a partir em paz. Eu vi... mas não agarrei... Eu vi... mas não agarrei... [x3] Mas não agarrei... [x4] Eu não agarrei... Mas não agarrei... Mas não agarrei... [x2] Eu não agarrei... Eu não, eu não agarrei... Eu vi...