Eu não faço parte de mim Mas mesmo assim eu sou um zero à minha esquerda Eu sou o meu próprio vazio Mas eu consigo encher o meu saco A minha auto-estima é baixa O meu egocentrismo é centrifugaz Eu já nem sei o que eu sou Só sei que eu não me aguento mais Eu sou o meu pseudo eu O meu comportamento me é estranho A minha consciência, um complô A minha insegurança me assegura Ser do jeito que eu não sou Não me relaciono comigo Evito a minha personalidade De mim eu já nem sou amigo Vivo e morro nessa minha falsa realidade