Libelinha, onde vais tu? Esvoaçando em lado nenhum Não esforces as asas Quando estás em jejum Libelinha, tenta parar Onde sintas que é o teu lugar Não fujas das plantas Onde queres pousar Libelinha, onde estou eu? E o que foi que me aconteceu Como vim parar a este deserto Sem ninguém por perto a olhar? Libelinha, esconde-te aqui Há sempre um lugar para ti Nas flores sem cheiro Deste meu jardim Libelinha, pousa no chão Entre o lixo e a confusão Em cada problema Há sempre solução Libelinha, vem para sul Onde o céu é sempre azul Ainda vais parar num inferno sem mar Onde só te resta lamentar Voa no alcatrão O teu poço é o meu chão Tu podes voar e eu não Fico aqui à espera que alguém Me estenda a mão Que me ergue do chão