Os pedais são uma verdadeira paixão dos guitarristas que se ligam em equipamentos analógicos. Entre os amantes das seis cordas, há quem não troque seu pedalboard analógico nem pela melhor pedaleira digital do mundo, não é verdade? Mas e você, sabe como montar um set de pedais?

Inegavelmente, há uma série de questõezinhas técnicas para se observar antes de embarcar nessa aventura. Se você é guitarrista iniciante e está pensando em entrar nesse fascinante mundo dos pedais analógicos, esse texto é pra você, acompanhe!

6 dicas de como montar um set de pedais de guitarra

Abaixo, você confere dicas bem práticas de como montar um set de pedais de guitarra. Esse direcionamento, no fim das contas, deixará o seu desempenho mais dinamizado.

1.  Escolha um bom pedalboard

A escolha do pedalboard é um dos passos mais importantes na montagem do seu set. Como é a plataforma para a montagem, é importante que ele tenha tamanho suficiente para abarcar seus pedais. Além disso, lembre-se de escolher um com bastante espaço para caber a fiação e o cabeamento também.

Antes de mais nada, a principal vantagem de se investir em um pedalboard é a possibilidade de você deixar seu set de pedais sempre pronto pra usar. Além disso, caso você invista em uma case também, pode proteger seu equipamento e transportar seus pedais com maior segurança.

Para fixar os pedais na superfície do pedalboard, a maioria dos guitarristas usa velcro adesivo. Dessa forma, as caixinhas ficam presas e firmes em seus devidos lugares de montagem. Isto é: de acordo com a ordem que você estabeleceu para seus efeitos na cadeia de sinal.

Outra vantagem incrível de se ter um pedalboard é poder ter um excelente cable management para ficar tudo organizado e bonito. Isso porque toda a parte de fiação elétrica (das fontes dos pedais) passa por baixo do pedalboard. O que, aliás, nos leva ao próximo passo.

2. Escolha bons cabos

Muita gente negligencia os cabos na hora de montar um set de pedais. No entanto, eles são de grande importância para a qualidade do seu sinal. Só para exemplificar, cabos de má qualidade, além de influenciarem podem causar perda de sinal, além de ruídos e pipocos no seu som.

Outra questão importante em relação ao cabeamento é o tamanho de cada cabo. Uma vez que eles façam as ligações entre os pedais, é importante que sejam curtos, tanto quanto possível.

Em primeiro lugar, cabos curtos oferecem menos perdas de sinal. Em segundo lugar, quanto mais curtos forem os cabos, mais fácil será deixá-los menos visíveis no seu cable management.

3. Observe a ordem dos pedais na cadeia de sinal

Nesse caso, a ordem dos fatores altera demais o produto, pode acreditar! O mais comum é ligar o afinador primeiro, depois as distorções, seguidas dos pedais de modulação e, por último, seus reverbs e delays.

Entretanto, isso não é uma regra a ser seguida cegamente. Ou seja, você pode experimentar e fazer testes até chegar a uma ordem dos pedais que entregue a melhor sonoridade.

A posição do wah wah, por exemplo, há quem prefira este pedal no início da cadeia de sinal. No entanto, há também quem não abra mão de colocar esse e outros pedais de filtro depois das distorções.

Em conclusão, o melhor é testar mesmo! Faça as conexões com as mais variadas ordens e veja o que te agrada mais.

4. Fique de olho nas fontes de alimentação

Fique ligado nas especificações de consumo de energia de seus pedais. Acima de tudo, certifique-se de que está usando uma fonte – de preferência, estabilizadora – potente o suficiente para alimentar as caixinhas.

Caso contrário, você poderá ter ruídos, mal funcionamento, perda de sinal e até seus pedais desligando sozinhos. Por outro lado, mesmo com uma boa fonte, você não pode abrir mão de conferir o consumo de cada um dos seus pedais.

Isso porque cada tipo de pedal terá especificações de consumo energético próprias. Por exemplo, um de wah wah cry baby, da Dunlop, por exemplo, costuma consumir mais energia que um distortion da Boss.

Por isso, em alguns casos, dependendo do número de pedais que você tiver no seu set, uma única fonte de 200mA pode não dar conta de alimentar a todos. Nesse caso, você pode usar baterias 9v, ou uma segunda fonte para garantir a eficiência energética do seu set.

5.  Você pode incluir uma pedaleira no seu set de pedais

Caso você tenha uma pedaleira, é possível usá-la no seu pedalboard também. Especialmente os modelos mais simples, com apenas dois footswitches, podem de repente ganhar um espacinho no seu set.

Nada impede que você use efeitos, modulações e simulações de amps da pedaleira junto com seus pedais analógicos. Essa é, de repente, uma opção mais barata, já que você terá múltiplos recursos em um equipamento só, no caso das pedaleiras digitais.

A forma mais comum de fazer isso é criar presets na pedaleira (geralmente um som para bases e outro para solos) e complementá-los com os pedais. Dessa forma, você terá uma carta a mais na manga para explorar novas possibilidades de timbres. Aliás, poderá fazer isso unindo os dois mundos: o analógico e o digital.

Para realizar as conexões, basta ligar a pedaleira na posição que achar mais apropriada na sua cadeia de sinal. Dependendo dos recursos que você vai utilizar do módulo digital, a posição da pedaleira poderá seguir a mesma lógica da sequência dos efeitos de que falávamos no outro tópico.

6.  Experimente usar o loop de efeitos do seu amplificador

Tem gente que nunca nem mexeu naquelas entradas send e return do FX Loop do amplificador. Mas esse recurso é interessantíssimo pra galera que usa pedal analógico. Sabe por quê?

Bem… nessas entradas/saídas você pode insertar efeitos entre os estágios de pré-amp e a potência de saída do sem amplificador. Dessa forma, você poderá fazer testes e ouvir quais pedais soarão melhor sem ser afetados pela pré-amplificação.

Isso é particularmente útil para quem gosta de usar o drive do próprio amplificador controlado por um footswitch incorporado ao set de pedais. Para essa galera, o Loop de efeitos, será uma boa para ligar delays e reverbs ou modulações. Pois, como vimos, esses pedais costumam ser ligados depois da distorção.

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