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Intervalos musicais: entenda-os e transforme sua maneira de tocar

Confira um dossiê completo sobre os intervalos musicais; esse conhecimento é essencial para entender a teoria musical!

Às vezes você olha para uma cifra e não entende muito bem de onde vêm as letras e números que dão nome a um acorde? Afinal, o que é aquele “7+”, que vem depois do “G” ou do “F”, por exemplo? Sim, eles se referem aos intervalos musicais

Homem negro assista aula de violão por meio de um notebook
Os estudos teóricos são indispensáveis para a formação de um músico (Foto/Tima Miroshnichenko)

Saiba que entendê-los é um passo importante para tocar, cantar, ou mesmo se comunicar melhor com outros músicos. Os intervalos são elementos que fazem parte da linguagem musical e é essencial que você fique mais à vontade com ela. Aliás, nada melhor do que saber falar ou ler em outra língua para ampliar seus horizontes, não é mesmo?

Neste artigo, você ampliará o seu conhecimento sobre esse assunto. Vamos lá?

O que é intervalo musical?

O intervalo musical é a distância que separa duas notas. Tendo em mente o nome das notas da escala diatônica de dó (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si), é fácil perceber as distâncias. Nessa sequência, por exemplo, um intervalo entre dó e ré é menor que um intervalo entre dó e si. Mas como é medida esta distância? Metros? Polegadas?

No caso dos intervalos musicais, a distância entre a altura das notas é medida em tons e semitons. Vamos pegar novamente a escala diatônica de dó. Entre o dó e o ré, a distância é de um tom, de um ré para o mi, também. A exceção está entre mi e fá, e entre si e dó. Nesses casos, a distância é de um semitom (ou meio tom).

Visualizando os intervalos musicais no braço do violão

É bem fácil visualizar os intervalos no braço de um violão ou de uma guitarra. Pegue a segunda corda (de baixo para cima), por exemplo. Na primeira casa, temos um dó; na terceira, um ré; e na quinta, um mi. Já do mi para o fá, você não vai pular uma casa, pois as notas estão uma em seguida da outra. A partir do fá, pulamos uma casa e temos o sol, pulamos outra e temos o lá, pulamos mais uma e temos o si. Do si para o próximo dó, novamente, não pulamos uma casa. 

Toda escala diatônica possui estes intervalos (é até legal que você decore): tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. Veja no exemplo da escala diatônica de dó:

tom e semitom

Então, por que não dividir tudo em tons? Por que existem estes tais semitons? Bom, a dura verdade é que muita gente foi tapeada no jardim da infância, pois existem outras notas musicais além destas sete. Ok, talvez não tenham mentido, só deixaram de dizer que a escala ensinada era a diatônica de dó, que conta apenas com as notas naturais. Mas no total, elas são 12. E quando consideramos todas elas, temos a chamada escala cromática. São essas:

escala cromática

Vale destacar que esse “hashtag” é chamado na música de sustenido, responsável por subir a nota em um semitom (ou meio tom). Aliás, internalize que: quando a nota é baixada em meio tom, representamos isso com um “b” minúsculo, o famoso bemol.

Portanto, entre cada nota da escala cromática temos um semitom. Se você quiser visualizar isso no braço do violão ou da guitarra, é só andar de casa em casa. Cada intervalo entre uma casa e outra é um semitom.

Intervalos ascendentes e descendentes

É simples. Quando passamos de uma nota para outra, indo da mais grave para a mais aguda, temos um intervalo ascendente. Do contrário, temos um intervalo descendente.

Com isso, você pode perceber que as notas da escala cromática de dó, mostradas no item anterior, têm sua progressão descrita na ordem ascendente. A primeira nota é um dó e a última é um si.

Se quisermos obter a mesma escala em ordem descendente, devemos usar os bemóis. Fica assim:

Intervalos musicais em ordem descendente

Intervalos harmônicos e melódicos

Quando duas notas são executadas simultaneamente, temos um intervalo harmônico, mas, quando tocadas separadamente, o intervalo é melódico. Assim, por exemplo, se você fizer um acorde, estará executando as notas ao mesmo tempo (e produzindo intervalos harmônicos entre elas). Caso você toque a melodia de uma música, estará executando intervalos melódicos.

Intervalos maiores e justos

Podemos dividir os intervalos musicais entre maiores, justos, e suas alterações. Parece muita coisa para pensar, não é? Mas fique tranquilo. Estude e pratique. No fim das contas, é como aprender a dirigir. No começo parece impossível, mas depois de um tempo fica bem mais fácil.  Então, respire fundo e vamos falar sobre cada um deles.

Intervalos maiores e suas alterações

Os intervalos maiores e suas alterações são aqueles que separam a 1ª nota da 2ª, da 3ª, da 6ª e da 7ª. Eles serão um desses quatro:

Ou seja, se baixarmos um semitom de um intervalo justo, teremos um intervalo diminuto. Já se subirmos um semitom, teremos um intervalo aumentado.

Intervalos musicais diminuto, menor, maior e aumentado

Intervalos justos e suas alterações

Já os intervalos justos e suas alterações são aqueles que separam a 1ª nota da 4ª, da 5ª e da 8ª.  São estes:

Tabela comas alterações dos intervalos justos

Ou seja, se baixarmos um semitom de um intervalo justo, teremos um intervalo diminuto. Já se subirmos um semitom, teremos um intervalo aumentado.

Qual é o número que representa um intervalo?

Primeiro vamos pegar a escala diatônica de dó, aquela do jardim de infância (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si), que tem só sete notas. Quando contamos de uma nota para a outra podemos aplicar a sua numeração.

De um dó para um ré, por exemplo, a nota ré fica sendo a segunda nota. Logo, temos um intervalo de 2ª. Em outro exemplo, se contarmos da nota dó para a nota sol, esta última será a número cinco. Assim, temos aí um intervalo de 5ª.

A partir de agora, vamos incluir na conta a escala cromática, com todas as 12 notas. Entre cada uma delas há um intervalo de semitom, e é aí que surge a numeração completa dos intervalos musicais. Agora, você notará a presença de todos os intervalos que vimos. Veja abaixo, com o nome deles seguidos de sua representação, à direita:

Tabela com os números dos intervalos musicais

Além desses, como vimos anteriormente, existem os intervalos diminutos e aumentados, que também possuem suas representações. Mas no seu dia a dia estes certamente serão os nomes e representações mais utilizados.

Intervalos simples e compostos

Os intervalos apresentados acima são os chamados intervalos simples, ou seja, são aqueles que não ultrapassam uma oitava. Já os intervalos que ultrapassam esse limite são os chamados intervalos compostos. Dessa forma, se temos um intervalo entre um dó na primeira oitava e um ré em uma segunda oitava, por exemplo, teremos um intervalo de 9ª. Daí por diante, os números vão subindo (9ª, 10ª, 11ª, 12ª e 13ª), obedecendo às mesmas regras apresentadas desde o início do nosso artigo.

Cifra Club Academy

No início, o estudo dos intervalos musicais pode parecer difícil. Porém, você ficará familiarizado com esses conceitos, se organizar seus estudos e treinar com constância. Todos esses conceitos, no entanto, são aplicáveis na composição e na execução de quaisquer tipos de música.

Então, que tal continuar seus estudos com muita qualidade e sem medo de errar? Para isso, você pode contar com o Cifra Club Academy, a plataforma de EAD de música mais completa do Brasil.

Nos cursos, você entenderá mais sobre os intervalos musicais, bem como sobre os outros conceitos que transformarão sua maneira de tocar ou cantar. Acredite: é muito mais questão de estudo do que o talento nato que sua tia fala que você tem. Com esses conteúdos, você estuda de maneira divertida e super didática. E para melhorar, o preço cabe no seu bolso e nem é preciso sair de casa para aprender.

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