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Especial Iron Maiden: tudo o que você sempre quis saber sobre a banda

Surgida em 1975, na Inglaterra, a banda Iron Maiden foi pioneira do New Wave of British Heavy Metal [ N.W.O.B.H.M. – Nova Onda do Heavy Metal Britânico, em tradução livre], movimento musical que serviu de resposta para a ascensão das bandas punks que estavam enterrando os ícones do hard rock. Além do Maiden, a N.W.O.B.H.M. apresentou pra turma da camisa preta gente do calibre de Def Leppard, Saxon, Judas Priest, entre outras lendas.

Formação do Iron Maiden desde 1999

Iron Maiden, uma banda que dispensa quaisquer apresentações (Foto/Divulgação)

O texto de hoje é um dossiê sobre o Iron, um dos nomes mais importantes da música feita nos séculos XX e XXI. Com seus quase 45 anos ininterruptos de trajetória, o Maiden vem construindo um legado que é exemplo a ser seguido em várias frentes. Pra começar, a banda é formada por seis músicos detentores de alta capacidade técnica. Além disso, os caras também dão lições de empreendedorismo, inovação e cultura.

Para me ajudar a contar um pouco dessa história tão ímpar, convidei meu amigo Alexandre Timoteo, redator do Iron Maiden Brasil Notícias. Do lado de cá da Linha do Equador, trata-se da fonte mais bem informada sobre a banda. Ficou curioso para conhecer mais sobre a banda? Então, continue por aqui e confira o conteúdo que iremos te aplicar:

  • O significado de Iron Maiden
  • A música mais famosa do Iron
  • 5 Curiosidades incríveis sobre a banda
  • Eddie – as três melhores encarnações do mascote
  • Iron Maiden: todos os discos, do melhor para o pior

Se ajeite por aí e aproveite a sua épica jornada para desbravar um dos capítulos mais emblemáticos do metal.

O significado do nome Iron Maiden

O nome Iron Maiden [donzela de ferro, ao pé da letra] vem de um instrumento de tortura medieval usado para punir traidores, hereges e criminosos de todos os tipos. Era uma caixa de ferro, com o formato semelhante ao corpo de uma mulher, ou donzela.

Essa verdadeira máquina do terror aparece no filme O Homem da Máscara de Ferro, baseado na obra do romancista francês Alexandre Dumas. Na frente, duas portas se abriam para que o condenado entrasse de costas e recebesse o abraço da donzela.

Iron Maiden era uma máquina de tortura bem cruel usada na era medieval

Museu na Europa exibe a Iron Maiden, máquina de tortura que inspirou o nome da banda (Foto/Internet)

Como não poderia ser diferente, a punição era bem dolorosa. Veja bem: do lado de dentro das duas portas havia alguns objetos de ferro, com as pontas afiadíssimas. Na hora em que as portas da caixa eram fechadas, os objetos metálicos lentamente começavam a abrir buracos nos órgãos vitais, até penetrar completamente no corpo do sentenciado.

Ah, não posso deixar de comentar que, ao menos lá no Reino Unido, iron maiden também é uma espécie de gíria para designar uma mulher exigente e severa.

A música mais famosa do Iron Maiden

Eis uma questão bastante subjetiva, ou seja, depende de qual perspectiva seguir para fazer essa análise. Pensando na frieza dos números, o ideal é analisar sob a ótica dos serviços de streaming. A seguir, você confere o ranking do Maiden nas principais plataformas e serviços de música.

Serviço Música Quantidade de views ou plays
Spotify The Trooper 128.612. 993
YouTube The Trooper 92.359.584
YouTube Oficial da banda The Number Of The Beast 34.780.749
Cifra Club Fear of the Dark 1.663.675
Letras.mus.br Fear of the Dark 1.488.244



Com base na tabelinha acima, não tem como negar que The Trooper é a música mais famosa do Iron Maiden. Composta por Steve Harris, essa faixa faz parte do álbum Piece of Mind, de 1983.

Ah, e por falar em sucesso nas plataformas digitais, você ficou sabendo que o Brasil é o país que mais ouve Iron Maiden no YouTube? Além disso, segundo o Spotify, em território brasileiro, observou-se um aumento de 119% nos streamings das músicas do Iron. Esse up todo roou durante o período do Rock in Rio 2019.

5 curiosidades incríveis sobre o Iron Maiden

Com quase 45 anos de carreira, o Iron Maiden deixou de ser uma banda e tornou-se uma instituição musical. E claro, tem uma linha do tempo recheada de fatos e eventos interessantes. Muitos deles já foram abordados em biografias oficiais, mas há tantos outros pouco conhecidos da grande maioria dos fãs. Então, resolvi trazer alguns desses casos um tanto obscuros.

1. Havia outros “Iron Maiden” na época

Um deles inclusive é mencionado por Steve Harris, no DVD Early Days, na história do telefonema pedindo que o baixista trocasse o nome da banda por já existir uma homônima.

Os membros do power trio The Bolton Iron Maiden

The Bolton Iron Maide: Paul O’Neil (batera), Derek Austin (baixista) e Ian Bolton-Smith (guitarrista/vocalista) (Foto/Divulgação)

Ainda existia o power trio The Bolton Iron Maiden, que durou de 1970 a 1976. Nos Estados Unidos também existiu, nos 70’s, uma banda chamada The Iron Maidens, composta apenas por mulheres.

2. Paul Day era tão excelente vocalista quanto Bruce Dickinson

Não confundam! Não estou falando de Paul Di’Anno, mas sim de Paul Mario Day, vocalista do Iron Maiden entre 1975 e 1976. Segundo a história oficial, a fria presença de palco fez com Paul Day fosse demitido do posto. De acordo com Harris, “apesar de ser um vocalista competente, Day não tem energia ou carisma suficiente no palco”.

Contudo, dizer que Paul tinha uma boa voz é pouco para o talento do cara. Entre o final dos 70’s e meados dos dos 80’s, ele cantou nas bandas More, que inclusive chegou a abrir para o MaidenWildfire e Sweet.

3. Havia um segundo guitarrista no Soundhouse Tapes

Em 31 de dezembro de 1978, a banda entrou em estúdio para a gravação de sua primeira demo tape. De acordo com a história oficial, a formação foi Paul Di’Anno (vocais), Dave Murray (guitarras), Steve Harris (baixo) e Doug Sampson (bateria).

Mas anos depois foi comprovada a participação de um segundo guitarrista, um cara chamado Paul Cairns, no projeto. Na foto abaixo, você confere um raro registro dos cinco membros que gravaram a fita juntos.

O Iron Maiden na época das gravações da Soundhouse Tapes, sua primeira demo

A partir da esquerda: Dave Murray, Paul Di’Anno, Paul Cairns, Steve Harris e Doug Sampson (Foto/Internet)

Cairns não ficou na banda devido a descoberta de um problema na coluna, que o impossibilitava de tocar, mas a razão de Steve não mencioná-lo como parte do time que gravou a demo permanece um mistério.

4. Bruce Dickinson foi contratado com Paul Di’Anno ainda na banda

Steve já estava de olhos e ouvidos em Bruce desde 1979, quando o Iron Maiden e o Samson [banda que Dickinson cantoava antes de entrar pro Iron] tocaram na mesma noite no Music Machine Festival. Com os vacilos de Paul Di’Anno, que vivia sem voz ou de ressaca, os shows começaram a perder qualidade e a banda se viu na obrigação de ir atrás de um substituto.

Formação do Iron Maiden com o vocalista Paul Di'Anno

Demissão de Paul Di’Anno foi milimetricamente arquitetada por Steve Harris (Foto/Internet)

O convite oficial rolou no dia 29 de agosto de 1981, logo após a apresentação do Samson, no Reading Festival. Nos bastidores, o empresário da banda, Rod Smallwood, se reuniu com Bruce Dickinson e formalizou o convite. Menos de uma semana depois daquele encontro, Bruce e o Iron Maiden começaram a trabalhar em estúdio. Isso tudo com Di’Anno ainda no posto de vocalista, haja vista que seu último show com a banda aconteceu em 10 de setembro, na Dinamarca.

5. Brave New World tem heranças da era Blaze Bayley

Os retornos de Bruce Dickinson e Adrian Smith foram celebrados em 1999. O álbum Brave New World, o primeiro dessa nova era, foi lançado em 2000. O detalhe é que algumas músicas do disco são sobras de Virtual XI, inclusive com as “impressões digitais” do ex-vocalista Blaze Bayley.

De acordo com várias entrevistas do cantor, a faixa Blood Brothers foi coescrita por ele. Nomad, Dream Of Mirrors e The Mercenary também são dessa época.

Eddie – as três melhores encarnações do mascote

O Eddie é sem dúvidas o mais icônico mascote da história do Heavy Metal. Não é raro, por exemplo, encontrar pessoas que o conhecem, mas nunca ouviram sequer uma canção do Iron Maiden. Criado no final dos anos 70 pelo artista gráfico Derek Riggs, o monstrengo não precisou de muito tempo para conquistar sua enorme popularidade.

As várias faces de Eddie, mascote da banda Iron Maiden

As muitas enrcanações de Eddie, um símbolo da cultura pop (Imagem/Internet)

Sabemos que no Maiden nada é por acaso. Por isso, o departamento de marketing da banda sempre aproveitou a figura de Eddie para enviar mensagens e reflexões, fossem elas sutis ou não. Uma das mais legais pode ser interpretada como “insanidade”, “morte” e “ressurreição” da banda em uma trinca de ilustrações da primeira metade dos anos 80.

1. Insanidade – Piece Of Mind – 1983

Aqui vemos um Eddie acorrentado em uma camisa de força após ser submetido a uma lobotomia. Neste estágio, podemos interpretar que a banda alcançou um estado de “insanidade”.

Eddie sofre ataque de insanidade na era Piece of Mind

A insanidade tomou conta da mente de Eddie (Imagem/Internet)

Mas pera lá: trata-se de uma insanidade criativa, algo de positivo, haja vista que a sonoridade apresentada neste disco era inovadora. Contudo, era preciso ilustrar a morte do passado.

2. Morte – Powerslave – 1984

É interessante notar que a “morte” de Eddie também foi ilustrada no último show da World Piece Of Tour, realizado em 18 de dezembro de 1983, em Dortmund, na Alemanha.

No final do show, quando terminava de tocar a música Iron Maiden, a banda encenou o assassinato do mascote em pleno palco. Em Powerslave, podemos ver o mascote sendo sepultado, que pode ser interpretado como a preparação para mais uma renovação do Maiden.

3. Ressurreição – Live After Death – 1985

De forma triunfante, imponente eindestrutível, Eddie se levanta de seu sepulcro! Com essa ressurreição, o mascote mostra quem dá as cartas do jogo.

Um imponente Eddie renasce das cinzas na era Live After Death

Assim como a mitológica ave phoenix, Eddie renasceu das cinzas (Imagem/Internet)

Essa encarnação abre espaço para uma definitiva associação: daquele ponto em diante, o Iron Maiden seria uma das mais importantes bandas da história da música.

Iron Maiden: todos os discos, do melhor para o pior

Toda e qualquer publicação que envolve uma lista The Best é bastante complicada de se fazer. Ainda mais quando essa lista é sobre o Iron Maiden! “Contudo, o desafio me foi dado, e usando critérios musicais, resolvi me atrever”, explica Alexandre Timoteo, redator do Iron Maiden Brasil Notícias.

Gosto de lembrar que não sou dono da verdade, e claro e óbvio, os milhões e milhões de fãs da Donzela espalhados por aí possuem suas próprias listas.

Vamos lá: do “melhor” para o “pior”, juntamente com as estimativas de vendas mundiais. Ah, antes que eu me esqueça, este ranking não contempla coletâneas, álbuns ao vivo e bootlegs.

1. Powerslave

O Iron atingiu o seu ápice, musicalmente falando, com esse disco. Faixas como Aces High, 2 Minutes To Midnight ou a épica Rime Of The Ancient Mariner estão – sem dúvidas – em qualquer lista de hinos do Heavy Metal.

Capa do disco Powerslave, da banda Iron Maiden, apresenta o mascote Eddie nos trajes de um faraó

Powerslave é um dos discos icônicos do Metal (Imagem/Internet)

Levando-se em conta o tempo bem pequeno que a banda teve para escrevê-lo, pois a turnê de Piece Of Mind terminou em 18 de dezembro de 1983 e em janeiro de 1984 os caras já estavam ensaiando, percebe-se ainda mais a grandiosidade de Powerslave.

Ano de lançamento: 1984
Vendas: 4 milhões de cópias

2. The Number Of The Beast

Não é à toa que aqui temos o disco mais vendido da carreira do Iron Maiden. Musicalmente falando, a proposta não é muito diferente de Killers, porém, a entrada de Bruce Dickinson deu um salto quântico para a banda.

Na capa do disco The Number of the beats, o mascote Eddie usa o diabo como marionete

The Number Of The Beast marcou toda uma geração (Imagem/Internet)

A versatilidade vocal abriu novos horizontes, vide Hallowed Be Thy Name, considerada por muitos fãs a melhor música do Iron Maiden.

Ano de lançamento: 1982
Vendas: 6.5 milhões de cópias

3. Killers

“O canto do cisne” de Paul Di’Anno mostra uma evolução em relação ao 1º álbum. Embora 100% das músicas já eram tocadas desde os anos 70, a entrada de Adrian Smith nas guitarras deu uma qualidade ímpar. Isso tudo com a excelente produção do lendário Martin Birch.

Eddie é um assassino urbano na capa do disco Killers

Killers apresentou uma sonoridade mais crua do Maiden (Imagem/Internet)

Ano de Lançamento: 1981
Vendas: 3.5 milhões de cópias

4. Somewhere In Time

Em 1986, o mundo do Heavy Metal estava ansioso para ver se o Iron Maiden conseguiria lançar um sucessor à altura para Powerslave. Porém, a banda apostou numa sonoridade – carregada de guitarras sintetizadas – que fez muitos fãs torcerem o nariz.

Na capa de Somerwhere in time, Eddie é um viajante no tempo

Somewhere In Time introduziu os sintetizadores na sonoridade do Maiden (Imagem/Internet)

Contudo, Somewhere In Time trouxe a produção mais cara realizada pela banda até então, e se não bate de frente com seu antecessor, apresentou verdadeiros hinos! Isso sem falar da faixa Alexander The Great, sonho de consumo de 11 em cada 10 fãs no que se diz respeito à execução ao vivo. Foi o disco do Iron Maiden que mais vendeu no Brasil, apesar da estranheza inicial de todos.

Ano de lançamento: 1986
Vendas: 4.5 milhões de cópias.

5. The X Factor

Antes de falar de The X Factor, é preciso se ligar num um detalhe: quando for ouvir este álbum, esqueça os clássicos dos 80’s, pois, as comparações influenciarão a audição. Cautelas devidamente tomadas, a verdade é que o disco de estreia de Blaze Bayley envelheceu muito bem, apesar da incrível e monstruosa estranheza inicial.

Na capa de The X Factor, Eddie é um condenado sendo torturado

The X Factor é um disco que não pode ser esquecido pelos fãs (Imagem/Internet)

Blaze sempre deixou claro que não era e nem seria um clone de Bruce Dickinson. Seus tons graves e o clima sombrio proporcionado pela produção se encaixaram bem, dando ao álbum à característica de ser o mais sombrio trabalho do Iron Maiden.

Ano de lançamento: 1995
Vendas: 1.2 milhão de cópias

6. Piece Of Mind

Eis o início da fase clássica da banda. A proposta musical de Piece Of Mind mostra um Iron Maiden bem mais ousado, em relação aos seus antecessores. Boa parte dessa ousadia deu-se – principalmente – por dois fatores: mudança na formação e abertura para dois novos compositores.

Na capa de piece of mind, o mascote Eddie aparece acorrentado

Piece Of Mind é o marco inicial de uma importante fase da banda (Foto/Internet)

Este disco consolidou uma das parcerias mais prolíferas, em termos de composição, dentro da banda. A dupla Bruce Dickinson/Adrian Smith trouxe uma excelência que bateu de frente com as composições de Steve Harris, vide Flight Of Icarus. O outro diferencial do álbum foi a entrada do baterista Nicko McBrain, que se não tinha a força e feeling de Clive Burr, esbanjava uma técnica ímpar.

Ano de lançamento: 1983
Vendas: 5 milhões de cópias

7. Brave New World

Em 1999 os pilares do mundo da música foram sacudidos. Eram anunciados, após um conturbado período, os retornos de Bruce Dickinson e Adrian Smith à formação da banda, tornando o Iron um sexteto, haja vista que o guitarrista Janick Gers continuaria no time.

Na capa de Brave New World, Eddie é uma nuvem de fumaça

Brave New World, o álbum que simboliza a entrada do Iron no século XXI (Imagem/Internet)

E claro: no ano seguinte, um álbum seria lançado para celebrar a reunião. Brave New World inaugura a atual fase do Maiden, trazendo refereências a tudo que a banda já tinha feito no passado, desde músicas diretas, The Mercenary; como faixas progressivas, Dream Of Mirrors; e também as épicas, Nomad.

Ano de lançamento: 2000
Vendas: 2 milhões de cópias

8. Seventh Son Of A Seventh Son

Se Piece Of Mind inaugurou a era clássica da banda, Seventh Son Of A Seventh Son pode ser considerado como o ponto final dessa fase, pois trata-se do último trabalho com o guitarrista Adrian Smith [ele voltaria anos mais tarde].

Na capa de seventh son of a seventh son, Eddie aparece multilado

Seventh Son Of A Seventh Son colocou o ponto final em uma importante fase da banda (Imagem/Internet)

Com uma temática digna de um filme, trata-se de um grande álbum conceitual que mostra o dilema do “sétimo filho” em lidar com seus problemas. Considerado por muitos fãs como o último grande álbum do Maiden, Seventh Son Of A Seventh Son tem uma sonoridade que lembra Somewhere In Time, no que diz respeito ao uso de teclados, embora não tenha tido o mesmo impacto.

Ano de Lançamento: 1988
Vendas: 3.5 milhões de cópias

9. A Matter Of Life And Death

Se há um trabalho que o Iron Maiden pode ser considerado “bastante progressivo”, diria que é A Matter Of Life And Death. Músicas longas ditam o tom deste disco.

Na capa do disco a matter of life and death, Eddie comando um exército de caveiras

A Matter Of Life And Death é a marca progressiva do Maiden (Imagem/Internet)

É interessante notar que todas as faixas abordam temas ligados às guerras, contudo não se trata de um álbum conceitual. Apesar de terem músicas com uma média de duração na casa dos 5 ou 6 minutos, ele não se torna cansativo de ouvir.

Ano de lançamento: 2006
Vendas: 650 mil cópias

10. Iron Maiden

Considerado por alguns fãs como o melhor disco da banda, provavelmente haverá estranheza Iron Maiden ocupar a 10ª colocação deste ranking. Mas quero deixar claro que em nada tira o mérito dele.

Um Eddie assustado estampa a capa do disco Iron Maiden

Iron Maiden é um disco que peca pela qualidade da produção (Imagem/Internet)

O trabalho traz músicas bem diretas e cruas, a exceção de Phantom Of The Opera, que se impressiona hoje em dia com sua complexidade, imaginem naqueles tempo? Se tivesse tido uma produção melhor, talvez tivesse alcançado voos mais altos.

11. The Book Of Souls

Até agora, a lista elencou os álbuns que consigo ouvir todas as faixas. Contudo, entrarei em “casa de marimbondo”, pois, os trabalhos daqui pra frente apresentam canções que quero distância. The Book Of Souls é o menos pior desse rol.

Um Eddie careca estampa a capa do disco the book of souls

The Book Of Souls é bastante elogiado por grande parte da crítica especializada (Imagem/Internet)

Acontece, porém, que essa colocação neste ranking não tira o mérito, haja vista que diversas mídias especializadas o consideram o melhor trabalho do Iron Maiden após Seventh Son. Mas devo confessar que When The River Runs Deep e The Great Unknow não me descem. É um álbum que tem alguns detalhes que, propositalmente ou não, lembram Powerslave, mas isso é papo para um post futuro…

Ano de lançamento: 2015
Vendas: 500 mil cópias

12. No Prayer For The Dying

O começo dos anos 90 trouxe um Iron Maiden apostando numa volta às raízes, com No Prayer For The Dying. Neste álbum temos uma importante mudança na formação: o guitarrista Janick Gers entra no lugar de Adrian Smith, que não concordava muito com a proposta de reviver sonoridades do passado.

Um Eddie agressivo ataca um homem na capa do disco no prayer for the dying

No Prayer For The Dying marcou grande mudança na formação da Donzela (Imagem/Internet)

Se dependesse de Smith, a banda daria um passo à frente no que foi feito em Seventh Son Of A Seventh Son. Contudo, divergências na pré-produção culminaram na saída do guitarrista. Dos álbuns produzidos por Martin Birch, sem dúvidas este é pior.

Ano de lançamento: 1990
Vendas: 3 milhões de cópias

13. Dance Of Death

Dance Of Death sofre daquela velha sina de ter sido um álbum ansiosamente esperado, haja vista a curiosidade dos fãs em saber se ele seria superior ou igual a Brave New World. Contudo, verdade seja dita: apesar de ser um bom álbum, não manteve a qualidade de seu antecessor.

Eddie é um libertino anjo da morte na cama de dance of death

Dance Of Death é o disco que abriu espaço para outros compositores na banda (Imagem/Internet)

A coisa começa pela capa, sendo uma das mais toscas da história da banda. Mas sim, há pontos históricos no álbum! Pela primeira vez, os fãs ouviram uma canção escrita por Nicko McBrain, mesmo que em parceria com Bruce Dickinson e Adrian Smith. Temos também Face In The Sand, trazendo Nicko inovando com o uso de pedais duplos.

Ano de lançamento: 2003
Vendas: 1.5 milhão de cópias

14. Fear Of The Dark

Este álbum soou como um Iron Maiden tentando dar uma resposta no sentido de “ainda estamos vivos”, em relação às críticas recebidas por No Prayer For The Dying. A bem da verdade é que temos aqui músicas sensacionais, como Be Quick Or Be Dead ou Judas Be My Guide; e outras igualmente horríveis, como The Apparition e Chains Of Misery.

Eddie está em uma árvore na capa do disco Fear of The Dark

Fear Of The Dark encerrou um ciclo na trajetória do Iron (Imagem/Internet)

O clima azedou de quando Bruce Dickinson anunciou que deixaria o grupo no final da turnê de divulgação do disco. Há relatos de shows em que o vocalista estava imensamente desinteressado, praticamente “falando” nas músicas, ao invés de cantar.

Ano de lançamento: 1992
Vendas: 3 milhões de cópias

15. Virtual XI

Lembro-me que as coisas estavam tão feias nessa época, que somente soube que o Iron Maiden tinha lançado um sucessor para The X Factor semanas depois do lançamento oficial, através de um anúncio na revista Placar. Tudo isso porque naquele ano de 1998, meu maior foco era a possibilidade do pentacampeonato da seleção brasileira de futebol, na Copa da França.

Um Eddie vindo do inferno estampa a capa do disco Virtual XI

Virtual XI é um disco pouco compreendido entre os fãs da banda (Imagem/Internet)

Histórias futebolísticas à parte, a verdade é que Virtual XI ou salvaria a pele da banda ou afundaria de vez. O fato é que o disco não manteve pelo menos o clima de seu antecessor. Isso aliado a diversos problemas na turnê culminaram na demissão de Blaze Bayley. O curioso é que duas de minhas músicas favoritas da banda, The Clansman e When Two Worlds Collide, estão nesse álbum. Adicione a elas Futureal, e pode jogar o resto fora.

Ano de lançamento: 1998
Vendas: 700 mil cópias

16. The Final Frontier

Vamos ao último colocado! The Final Frontier meio que tentou pegar carona na vibe progressiva de seu antecessor, A Matter Of Life And Death. Acontece que as canções deixam a audição demasiadamente cansativa.

capa de the final frontier apresenta um Eddie mutante

The Final Frontier é um disco de sonoraridade confusa

(Imagem/Internet)

A capa também merece um destaque negativo, pois afirmo ser a única capa do Iron Maiden sem o Eddie… aquela criatura lá estampada pode ser qualquer coisa, exceto nosso querido mascote. Meus únicos destaques vão para a faixa título, The Talisman e When The Wild Wind Blows…e olhe lá.

Ano de lançamento: 2010
Vendas: 800 mil cópias

Tocando músicas do Iron Maiden

Um dos componentes do DNA soonoro do Iron Maiden é a presença de guitarristas talantosos, influentes e criativos. E se você, amigo guitarrista e fã do Iron, chegou até aqui, que tal aprender a tocar dois clássicos da banda? Se liga só nos ensinamentos do Vinícius Dias.

E não se esqueça: para conferir mais cifras do Iron Maiden, você só precisa acessar o Cifra Club!

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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