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Conheça a inspiradora história de Viola Schmitz, baterista de 106 anos

Se você respira música, certamente precisa conhecer a inspiradora trajetória de Viola Schmitz. Do alto de seus quase 106 anos de idade, ela possivelmente é a musicista que mais tempo ficou em atividade.

Viola Smith e seus toms de 16 polegadas

Toms de 16 polegadas definiram a personalidade artística de Viola (Foto/Internet)

A simpática vovó começou a tocar bateria aos 12 anos, ou seja, Schmitz empunhou as baquetas por algo em torno de 90 anos.

Ficou curioso pra conhecer essa história? Então continue com a gente e tenha uma ótima fonte de inspiração!

Carreira exemplar

Nascida no dia 29 de novembro de 1912, numa pequena cidade do Wisconsin, nos Estados unidos, Viola e todos os seus nove irmãos estudaram piano.

Ao longo de suas nove décadas de carreira, a baterista testemunhou o desenvolvimento da indústria fonográfica e passou por incontáveis estilos de música.

Viola Smith, na capa da Billboard

O reconhecimento veio até da Billboard, o veículo que todo mundo mais respeita (Foto/Internet)

Com 95 anos de estrada, Viola já tocou praticamente todos os ritmos. Suas baquetas foram da urgência do jazz ao peso rock, mas não sem deixar de passar pela efervescência dos embalos do swing.

O início

Nos anos 20, ela e as irmãs formaram a banda Smith Sisters Orchestra. Em 1938, Viola e a saxofonista Mildred Bartash, uma irmã mais velha, formaram a orquestra feminina The Coquettes.

Smith Sisters Orchestra, uma das gigs de Viola

Em plena década de 1920, Viola foi baterista de uma banda formada por mulheres (Foto/Internet)

Naqueles tempos, a baterista recusou uma proposta para fazer parte da Thundering Herd, a popular big band liderada por Woody Herman. No ano de 1939, conforme você confere no vídeo abaixo, ela já tocava com mais garra do que muito marmanjo:

Com o fim da Mildred Bartash, em 1941, Viola passou a empunhar as baquetas da Phil Spitalny’s Hour of Charm, uma orquestra feminina, muito bem sucedida, e por lá ficou até 1954. Ainda nos anos 40, a baterista participou das trilhas sonoras e fez aparições nos filmes “When Johnny Comes Marching Homee “Here Comes the Coeds”.

Grandes momentos

É comum um músico desejar e viver momentos épicos para a carreira, não é mesmo? Com Viola Schmitz, a situação não foi diferente. Ao longo de sua larga trajetória, ela fez um som em situações que são motivos de orgulho.

Entre outras gigs, ela participou da banda que tocou no evento de posse do 33º presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, em abril de 1945. Já nos anos 60, como integrante da Kit Kat Band, a baterista passou pela Broadway e marcou presença na produção original do espetáculo “Cabaret”, de 1966. Dê o play no vídeo abaixo e confira uma performance da banda em um programa de TV.

Viola também se apresentou com Chick Webb e Ella Fitzgerald, lendas do jazz, além de ter feito parte da National Symphony Orchestra, de Washington, nos Estados Unidos. Em entrevista recente, ela revelou ter conhecido e quase ter tido um romance com Frank Sinatra, apesar de nunca ter tocado com o dono da voz mais lendária da música norte-americana. 

Atualidades de Viola

Até bem pouco tempo atrás, por volta de 2015/2016, ela ainda tocava na Forever Young Band, um grupo musical que reunia alguns dos mais antigos músicos profissionais dos Estados Unidos. Atualmente ela reside em Costa Mesa, na Califórnia, e vide sob os cuidados do pessoal de uma loja de artigos cristã chamada Piecemakers.

Viola, uma baterista centenária

Quando tinha 100 anos, Viola ainda dava suas baquetadas (Foto/Internet)

Na reta final de 2018, ela sofreu uma queda e precisa da ajuda de um andador para se locomover. Sendo assim, por motivos óbvios, ela não mais empunha as baquetas. Porém, na mesma entrevista em que comentou sobre SinatraViola revelou que andou dando umas lições de bateria para a baterista de uma banda local.

Na falta de adjetivos, podemos dizer que a trajetória de Viola Schmitz é inspiração para qualquer carreira longeva. Se você precisa de umas doses de inspiração, só fique ligado nestes conselhos! Já neste link, você conhece a história de artistas desconhecidos que são fontes de inspiração.

Ah, e não se esqueça de compartilhar o link deste post por aí! Afinal de contas, motivos para não largar a música são sempre bem-vindos 😉

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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