Fica mais fácil Não me olhar nos olhos Não me dar razão Fica entendido O caso é perdido É pura confusão Cheguei sozinho ao seu portão De braços soltos sem pedras na mão O fim do caminho Na superfície Parece que é tolice Um absurdo anormal Mas as vozes que ouço Os vizinhos não suspeitam É o que faz latir os cães Cheguei valente ao seu portão Desfiz de tudo, já não quero ter razão Errando a procura de alguma exatidão As coisas mais bonitas nem sempre estão expostas Nem sempre custam muito Nem sempre estão à mão As coisas que eu queria, os sonhos que eu nutria Te puxam o tapete, te parecem confusão São coisas corriqueiras, banais quase besteiras As mesmas de anteontem, um novo sopro de inspiração As velas do desejo, os anjos que despencam As sementes que fecundam O bom menino que eu não pude ser