Sou uma gaúcha trigueira, morena faceira Do grande Rio Grande Toco minha gaita com facilidade E deixo saudade por onde eu ando Moreno bonito não chores por mim Respondo assim quando ele me quer Sou muito nova para me casar Ele vá procurar uma outra mulher Hoje aqui neste fandango Toco até clarear o dia Amanhã desapareço Talvez anoiteça lá em vacaria A minha vida é essa A gaita conversa colada no peito Os dedos caminham no teclado dela A noite é bela e eu sou desse jeito Cantando e tocando abraçada na gaita Me chamam de baita por onde eu passo O povo me aplaude quando sapateio Fazendo floreio firme no compasso Aproveitem rapaziada, as moças querem dançar Berenice está tocando, amanhã vai viajando Pra outro lugar Tocando acordeona eu lá vou indo Descendo subindo por cima da terra Tocando esta gaita lá não sei aonde O eco responde no alto da serra Quem nunca me viu talvez queira ver O que eu posso fazer de gaita na mão Espicho a danada dopou-lhe o teclado E o verso rimado sai do coração Por hoje é só minha gente O Teixeirinha que disse Fandango véio animado só Sendo tocado pela Berenice