A jandaia cantou no alto da palmeira No nome de Iracema Lábios de mel Riso mais doce que o jati Linda demais cunhã-porã iterei Vou cantar jureme, jureme, jureme Vou cantar jurema, jurema Uma história de amor, meu amor É o carnaval da Beija-Flor Araquém bateu no chão A aldeia toda estremeceu O ódio de irapuã Quando a virgem de Tupã Se encantou com o europeu Nessa casa de caboclo Hoje é dia de ajucá Duas tribos em conflito De um romance tão bonito Começou meu Ceará Pega no amerê, areté, anama Pega no amerê, areté, anama Bem no coração dessa nossa terra A menina moça e o homem de guerra Ele sente a flecha Ela acerta o alvo India na floresta, branco apaixonado Vem pra minha aldeia, beija-flor Tabajara, pitiguara bate forte o tambor Um chamado de guerra Minha tribo chegou Reclamando a pureza da pele vermelha No ventre bate o coração de Moacir O milagre da vida me faz um mameluco na Sapucaí Oh linda Iracema, morreu de saudade Mulher brasileira de tanta coragem Um raio de sol a luz do meu dia Iluminada nessa minha fantasia