a cidade de Andradina um boiadeiro chegou Com mil e quinhentos bois, com destino ao matador Com latidos de cachorro a boiada estourou Foi grande a correria, era só grito que ouvia Não tinha quem socorria, mais um milagre deus mandou! A boiada esparramou pelo centro da cidade Batendo os cacos na rua parecia tempestade tinha um criança brincando em sua simplicidade Levaram um grande espanto, foi grito por todo canto Por milagre de algum Santo não houve fatalidade. Apareceu um berrante com um berrante repicando Naquele mesmo instante a boiada foi parando Para perto do peão a boiada foi chegando Era um gadão de raça, ficaram todos sem graça Sem fazer mais ameaça, vinham todos berrando! Com o som desse berrante vi muita gente chorando Cheguei perto do peão e fui logo perguntando Pela marca do berrante, assim ele foi falando: Marca nele não há, você pode acreditar, Este berrante que aqui está é o chifre do Soberano! O Soberano morreu mais sua fama ficou Do couro foi feito um laço que até não quebrou Do chifre este berrante; o meu pai quem fabricou Recebi como herança, guardo ele por lembrança Eu sou aquela criança que o Soberano salvou!