Muita gente tem na vida Um amor como lembrança Quanto mais a caboclinha Que eu amei desde criança Depois que me apaixonei Lhe entreguei meu coração Foi iludida por outro E me deixou na solidão Sou boêmio da rua Que vivo a perambular Jogando pelos cassinos e bebendo sem cessar Se alguém me perguntar De quem é que eu ando atrás É da minha caboclinha que fugiu Não voltou mais Muitas vezes penso até Que a minha caboclinha, vive sem sociedade Onde ninguém adivinha Talvez nos braços de outro Na esquina do pecado Nem ela mesma se lembra Que foi minha no passado Dela eu guardei um retrato Que tem por recordação Do seu corpo eu só me lembro De um triste aperto de mão E ninguém me dá notícias Onde anda a caboclinha Muitos até te beijaram Sem saber que ela foi minha