Lá em Trapuá Estrada de Nazaré Um pouquinho adiantado de Tracunhaém Quem vai quem vem Vai olhar para as crianças Cruzamento tão estranho Caniço com pé de cana Corra e não atrapalhe Ou te dão logo sumiço. Casebres 'tão caindo Na porta vejo uma muié Saco vazio mas que se tem de pé Nas calçadas sonolentos No cochilo e cusparada Quem vai quem vem É o avô, a bisavó Na distância é como gente É carne, é osso Feito do mesmo barro Me seguro e não me entalo No embalo da embolada Se é branco se é preto De perto é amarelo Quem vai, quem vem. Chuva feminina Num sertão bem masculino Voa no ar A profissão é liberá Me refiro ao urubu Nas brenhas dessa chapada Onde o sol é um fuzil Pipoco é um estrondo Se você não me acredita Acaba levando um tombo No raso da catarina O que vejo é nossa sina Enxergo a caatinga Branco hospital.