Êia, lá vai o gado, no trote rasgado Na rota, no rumo do meu capim Ê boi, ê boi Êia, lá vai o gado, no passo rasgado Na rota, no rumo do bom capim Na frente da sua tropa, o baliza de vara na mão Tangerino, tangendo na vida, tangendo a boiada Calada, calada Êia, lá vai andorinha, periquita e macaxeira Remendo na calça, no rosto e no riso Ê boi, ê boi Nesse Sol do meio-dia, queimando firme no lombo Hora do almoço esconde o assombro Tábua de carne do Ceará, nessa agonia assanhada No acanhamento do punhado de farinha Êia, lá vai esse boi, esse boi javanês No trote rasgado, na rota, no rumo do meu roçado Ê boi, ê boi Não tem passado o menino, ele é só tangerino Volta pra casa, devora jabá com cará Faz um colchão de uma tuia de algodão E deita pra sonhar