DUAS E QUINZE (Ivan Lins e Celso Viáfora Duas e quinze eu ouço cantar um galo meio empurrando a noite pro sol nascer Faz um silêncio de ensurdecer Ninguém para aparecer Saudade dá de você, São Paulo... Essa de ficar na paz pousar na rede e repousar no começo é bom demais mas, depois, bate o vazio E vem a pergunta imbecil: "O que eu tô fazendo aqui?" Sem o que cansar para que dormir? Duas e quinze... É melhor poder parar no rush pra qualquer lugar do que o trânsito fluir e não ter pra onde ir Sou mais o barulho infernal do coro da multidão ter alguém pra rir repartir o caos Duas e quinze... Para que pescar pacu de bote no meio do rio se tem homem pra danar se ninguém dá nem um pio Lá no meu boteco tem samba, tem caxambu moça pra casar tem até pacu! Duas e quinze...