Bastos, potros e guitarras Guitarras, potros e bastos Cantigas cheirando a pasto Milongas, polcas, chamarras Um maula berrando forte Um recal ringindo os tentos "Contra-puteando" com os ventos Que se levantam do norte Se eu pudesse cantar versos Como sou esporeador Conquistava a china Rita Cantando versos de amor Dum potro faço a guitarra Da guitarra faço um potro E antes que a noite me alcance Largo um e encilho o outro Quem me dera ter na alma O corpo de um Martin Fierro E as batidas de um cincerro Me atormentando a calma Quem me dera ter nos dedos O que sobra nas esporas Pra guitarrear nas auroras E revelar mil segredos Porém me sobra o que tenho Pois tenho pouco floreio Meu canto é mescla das ânsias Dos que vivem dos arreios Sovéus, maneias e "riendas" Fazem parte desta farra Porque a vida entreverou Bastos, potros e guitarras!