Gaúcha é a querência dos gaúchos Gaúcha companheira mãe mulher É a flor matreira que caiu da corticeira Foi rio abaixo e se enredou nos aguapés É a vastidão de campo aberto um céu azul Que aqui no sul em poesia se retrata É a Lua cheia confidente dos amantes Que elegante a cada quarto veste prata Gaúcha é a Santa Aparecida protetora dos ginetes Gaúchos, que das esporas fazem glória e devoção Campeira, ciência da doma pela boca dos cavalos Anda de rédea solta, serena e firme na mão É a verdadeira tradição deste meu pago É cuia de mate amargo cevando a paz no rincão É uma cantiga que brota feito uma prece Quando o silêncio emudece para escutar um violão Gaúcha é uma gineteada num xucro mandando lombo É uma polvadeira de um tombo que é o resultado de um pialo É a estrela Dalva ponteando a barra do dia É a lida das sesmarias que acorda o canto dos galos É a fronteira do Rio Grande um sentimento Que no momento é o que me chama e o que me puxa É esta vida que o meu povo tem na estampa E com certeza esta pampa cada vez bem mais gaúcha Gaúcha é a Santa Aparecida protetora dos ginetes Gaúchos que das esporas fazem glória e devoção Campeira ciência da doma pela boca dos cavalos Anda de rédea solta, serena e firme na mão É a verdadeira tradição deste meu pago É cuia de mate amargo cevando a paz no rincão É uma cantiga que brota feito uma prece Quando o silêncio emudece para escutar um violão