Uma gateada rosilha da marca da Dom Dilon Trazia um gordo no lombo, lambuzado de batom Por certo vinha de um baile no salão do rancho alegre É coisa triste uma alma quando a maldita persegue Nos estribos se escorava, como quem aguenta uns pulo Mas o semblante mostrava, que a Tava virou de culo Um retrato de invernada com requintes do Bocage E a égua vinha roleada que nem Matambre pra viagem Eu conhecia esse tipo, mas não lembrava direito Se era um ginete afamado, ou cantador de respeito Só sei que era um desses índios que bailam de cola atada Andando de pago em pago destapando as madrugadas Por certo era apaysanado, um dos loco da fronteira Mas trazia um som regional nos tirrim das cantadeira Rio grande véio de guerra amanhecido no trago Cruzando em frente do rancho donde eu sorvia um amargo No florão do peitoral um RM de ouro Fivelão dente de porco e um facão dos marca touro Fui lhe dando buenos dias, me saludou num gritito Juntou a gateada nos ferros e se sumiu no infinito Eu conhecia esse tipo, mas não lembrava direito Se era um ginete afamado, ou cantador de respeito Só sei que era um desses índios que bailam de cola atada Andando de pago em pago destapando as madrugadas