Sou herança de Maragato, a velha raça caudilha Tenho sangue farroupilha galopando em minhas veias Nos arrancos de trinta e cinco, andei trilhando coxilhas Enredado nas flechilhas, tramando aço em peleias Chiripá de saco branco, lenço atado e meia espalda E uma vincha que se esbalda na melena esgadelhada Na cintura, a carniceira, companheira de degola E um quarenta de argola pra garantir a cuerada Carcaça de puro cerne forjada em têmpera guapa Com a rude estampa farrapa, plantei tenência de mau E a descendência da raça, semeei no eco do berro Brincando de tercear ferro com chimango e pica-pau Relampeia ferro branco, também troveja a garrucha Nesta milonga gaúcha que, por taura, não se enleia Peleia dando risada porque o macho se conhece Porque o macho se conhece é atrás do S da adaga Relampeia ferro branco, também troveja a garrucha Nesta milonga gaúcha que, por taura, não se enleia Peleia dando risada porque o macho se conhece Porque o macho se conhece é atrás do S da adaga Debaixo do tempo feio, só a coragem sustenta Pode faltar ferramenta, mas sobra fibra guerreira Pois quem herda a procedência do nobre sangue farrapo Só morre queimando trapo peleando pelas ladeiras Com o instinto libertário e o tino de um fronteiro Eu era um clarim guerreiro pondo em forma o Rio Grande Pois a grito e pelegaço, fiz a pátria que pertenço Cabrestear para um lenço maragateado de sangue Relampeia ferro branco, também troveja a garrucha Nesta milonga gaúcha que, por taura, não se enleia Peleia dando risada porque o macho se conhece Porque o macho se conhece é atrás do S da adaga Relampeia ferro branco, também troveja a garrucha Nesta milonga gaúcha que, por taura, não se enleia Peleia dando risada porque o macho se conhece Porque o macho se conhece é atrás do S da adaga É atrás do S da adaga, é atrás do S da adaga