No contraponto do tento e d'um par de ferro calçado Um corcovo chacoalhado estremecia o terreno Pegava o rumo do céu e, de lá, se revoltava E, ali, no más, se topava co a perícia do moreno Pala encarnado e um sorriso na fachada E a pataquada sustentando a tradição Vinha berrando aquele Alazão Tostado Vinha meio debochado, bem sentado o Nego Dão Fazia tempo que não se dava uma tora Criolla do campo afora com força de terra bruta Pelego grande, cincha forte e rédea larga E um sombreiro palmo de aba que já fez casa na nuca Foi quando alguém ergueu a voz de vereda -Esfrega o pala de seda na cara desse encruado! E só podia ginetear dessa maneira Se era índio da fronteira e cria do Zé Machado E só podia ginetear dessa maneira Se era índio da fronteira e cria do Zé Machado Era um retrato desses de botar em quadro Um ginete, um aporreado e um resto lindo de dia O Sol deitado no espinhaço do horizonte E um vento manso em reponte, embalando as sesmarias Era valente aquele Alazão Tostado Que não frouxava o bailado por mais que viesse apanhando E o Nego, Dão naquele entono de galo Que, além de andar a cavalo, tinha o pai lhe amadrinhando Foi quando alguém ergueu a voz de vereda -Esfrega o pala de seda na cara desse encruado! E só podia ginetear dessa maneira Se era índio da fronteira e cria do Zé Machado E só podia ginetear dessa maneira Se era índio da fronteira e cria do Zé Machado