Que homens são esses Que fogem a luta Será que não sabem as glórias do pago Que homens são esses que nada respondem, que calam verdades, que reprimem afagos Que homens são esses que trazem nas mãos o freio, o cabresto, a rédea e o buçal Que homens são esses que tem o dever de fazer o bem, mas só fazem o mal Eu quero ser gente igual aos avós Eu quero ser gente igual aos meus pais Eu quero ser homem sem máguas no peito Eu quero respeito e direitos iguais Eu quero este pampa semeando bondade Eu quero sonhar com homens irmãos Eu quero meu filho sem ódio nem guerra Eu quero esta terra ao alcance das mãos Que sejam mais justos os homens de agora Que cantem cantigas, antigas e puras Relembrem figuras sem nada temer Procurem um mundo de paz na planura E encontrem na luta, na força e na raça Um novo caminho no alvorecer Desperta meu povo do ventre de outrora Onde marcas presentes não são cicatrizes Desperta meu povo liberta teu grito Num brado mais forte que as próprias raizes Eu quero ser gente igual aos avós Eu quero ser gente igual aos meus pais Eu quero ser homem sem máguas no peito Eu quero respeito e direitos iguais Eu quero este pampa semeando bondade Eu quero sonhar com homens irmãos Eu quero meu filho sem ódio nem guerra Eu quero esta terra ao alcance das mãos Eu quero ser gente igual aos avós Eu quero ser gente igual aos meus pais Eu quero ser homem sem máguas no peito Eu quero respeito e direitos iguais Eu quero este pampa semeando bondade Eu quero sonhar com homens irmãos Eu quero meu filho sem ódio nem guerra Eu quero esta terra ao alcance das mãos