Um pito

César Passarinho

Olha, Guri ! Repara o que estás fazendo, 
Depois que fores é difícil de voltar; 
Passei-te um pito e continuas  remoendo, 
Teu sonho moço deste rancho abandonar. 
  

Olha, Guri ! Lá no povo é diferente, 
E certamente, faltará o que tens  aqui; 
Eu só te peço: Não esqueça de tua gente, 
De vez em quando, manda uma carta, guri. 

  
. . . . . . .REFRÃO . . . . . . 
Se vais embora, por favor não te detenhas, 
Sigas em frente e não olhes para trás; 
Assim não vais ver a lágrima insistente, 
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz


Olha, Guri! Prá tua mãe, cabelos brancos, 
E pra este velho que te fala sem gritar; 
Pesa teus planos, eu quero que sejas franco, 
Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar. 

  
Olha, Guri! Leva uns cobres de reserva, 
Pega uma erva pra cevar teu chimarão; 
E leva um charque, que é pra ver se tu conservas, 
Uma pontinha de amor por este chão
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