O nascer de uma milonga é como o cangar dos bois, Se acolhera o guitarreiro pro cantor que vem depois. A milonga tem beleza na sua simplicidade E desperta de mansinho nossa sensibilidade. Sem rebusques eruditos, esse nobre som campeiro É relincho de cavalo, canto, canto de galo guerreiro. Poção mágica, a milonga apressa o sangue nas veias, Dizem que ela foi gerada em noite de lua cheia. Também dizem que a milonga é amante do violão, E juntos são lenitivo pra os males do coração. Pra dar vida a uma milonga é preciso quase nada: Sentimento, dedos ágeis e uma garganta afinada. Também dizem que a milonga é amante do violão, E juntos são lenitivo pra os males do coração. Pra dar vida a uma milonga é preciso quase nada: Sentimento, dedos ágeis e uma garganta afinada. Sentimento, dedos ágeis e uma garganta afinada.