Quando o silêncio me toma, amordaçando as perguntas Me sinto adormecido, qual as cancelas das juntas Então descubro que o tempo,o mais velhos dos tropeiros Arrucinou meu destino nestes fogões estradeiros. Por tropas e ruculutas, onde gastei as lonjuras No lombo da esperança, sovei carinho e ternura Quando os sonhos e verdades moravam pelos galpões E se ocultavam segredos no bojo dos corações. Então me paro, a pensar, bombeando tempos e distâncias Nem os morcegos ficaram nas taperas das estâncias Sou corredor sem coruja e guarda sem tajãs Sou noite sem pirilampos e fogões sem picumã... Nessa paisagem terrunha que o hoje deixou pra trás Mergulharam nas canhadas, carquejas e pajonais Qual um ponteiro charrua, levando a história mais franca Sou um centauro fronteiro, de barba e melena branca. Então me paro, a pensar, bombeando tempos e distâncias Nem os morcegos ficaram nas taperas das estâncias Sou corredor sem coruja e guarda sem tajãs Sou noite sem pirilampos e fogões sem picumã...