Ele jura essa fé estranha Na pura solidez das aparências Ele reza pra suas tabelas Nos garantirem o dia de amanhã Ele leva sua calculadora Junto ao seu coração como um amuleto Ele olha e ri do infinito Frente à verdade do que é certo e concreto Quem perde ou quem ganha Quem acerta ou apanha E se o lado que escolho perder Ficarei eu perdido, o que fazer Se não tenho escolhas Ver meus dedos em bolhas De tanto procurar o botão certo E tanto calcular pra ver quem sou O homem que calculava, aha... 1,2,3 o que será de vocês Ele crê ver átomos em tudo Ele crê que não há nada além Ele prega a devoção aos fatos E vê a vida como um problema exato Ele crê em relações perfeitas Mas nunca sobra tempo para comprovar Que o incerto então será vencido E a verdade vai deixar se apanhar