Eu joguei outra garrafa ao mar Com um pedido de socorro a quem puder me salvar Já não há mais nada meu aqui Correndo em torno da ilha sem nunca me alcançar! Que os planetas se alinharam e eu só quero fugir Queimar as roupas na fogueira e cirandar até cair Que eu tropeço, me levanto, existe algo em mim Que me faz seguir o sol e nunca desistir A lua e não o fim Eu sou bicho de caverna Não sou de muitos amigos Mas tenho quem me queira bem E não tenho muito a perder Umas caixas, alguns discos Mas tenho amor por viver Que estou cansado de tentar me explicar Consertar todas as coisas e sempre virem mais Não tenho todas as respostas Não quero chegar primeiro Não quero mais ferir meus dedos cavando no cimento Meus olhos contra o vento Estou sobre dois pés na torre com o transmissor no talo Alguém aí no radar? Alguém quer dançar e não correr? Alguém quer montar cabanas, viver bem longe daqui E falar de amor, da gente ser feliz E não do que comprar ou de quem é a culpa? Diz, sei que você me entende Nem tudo está perdido É esse mundo que está torto Não esse espírito não as nossas tribos