Eu Tenho Um Melro

Deolinda

Composição de: Pedro Da Silva Martins
tom: A Afinação: E A D G B E
        A
Eu tenho um melro

que é um achado.

De dia dorme,

à noite come
          E
e canta o fado.

     E
E, lá no prédio,

ouvem cantar...

E já desconfiam

que escondo alguém
             A
para não mostrar.

           A
Eu tenho um melro,

lá no meu quarto.

Não anda à solta,

porque, se ele voa,
            E
cai sobre os gatos.

Cortei-lhe as asas

para não voar.

E ele faz das penas

lindos poemas
        A
para me embalar.
 D

Melro, melrinho,
                      A
e se acaso alguém te agarrar,
                  E
diz que não andas sozinho
         D          A
que és esperado no teu lar.
         D
Melro, melrinho
                           A
e se, por acaso, alguém te prender,
                E
não cantes mais o fadinho,
         D            A
não me queiras ver sofrer.
      F        A
E não voltes mais,
          Bm          E             A
que estas janelas não as abro nunca mais.

Eu tenho um melro
que é um prodígio.
Não faz a barba,
não faz a cama,
descuida o ninho...

Mas canta o fado
como ninguém.
Até me gabo
que tenho um melro
que ninguém tem.

Eu tenho um melro...
(-Que é um homem!)
Não é um homem...
(-E quem há-de ser?!)
É das canoras aves
aquela que mais me quer.

(-Deve ser homem!)
Ah, pois que não!
(Então mulherÂ…)
Há de lá ser!?
É só um melro
com quem dá gosto adormecer.

Melro, melrinho...[refrão]

E não voltes mais,
que a tua gaiola serve a outros animais.
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