Terra da melancolia Rasas planícies de mágoa Branca dolência tardia Terra da melancolia Tanto calor, pouca água Mourisca forma de estar Depressiva porventura O tempo teima em passar No espaço há tanta fartura Quem por lá passa não sabe Das coisas de quem lá vive À espera que a dor se acabe Terra dum pai que não tive Ao largo velhos sentados Aos novos ninguém os vê Partiram para outros lados Vão voltar de quando em vez Às vezes, sou mais um estranho Vagueando ao Deus-dará Outras vezes sou daqueles Que nunca saem de lá Ainda que lento o dia A noite nunca se atrasa Branca dolência tardia Terra da melancolia Do cante e da minha casa