O pequeno colibri Beija-flor do meu sertão Voa por sobre o jardim Na mais fiel devoção Pelo campo vai deixando Um beijinho em cada flor O seu beijo é expressão Do amor, do amor Qual um menino traquina Correndo descendo montes Cortando verdes campinas Buscando novo horizonte O revolto riachinho Forte, bravo e corredor Vai deixando em seu caminho Amor, amor A mocinha da janela Tão bonita e tão modesta É o motivo da viola Cantar triste a seresta Seus cabelos cor da noite Seu rostinho encantador Seu sorriso é o próprio Amor, amor O terreiro virou festa Cada rosto uma canção A poeira levantando Torna o céu da cor do chão Enfim o grande dia Minha gente se ajuntou Pra cantar com alegria O amor, o amor O amor, o amor O amor, o amor