As comunidades querem paz e outro parente some Vai ter muito mais veneno em tudo E finjo mais, meu povo tá feliz Do black ao pink money e no que a mídia diz Leva axé, leva axé, leva axé Quem não gosta de preto Vai queimar a língua com café Famintos de fé, pedindo abrigo Ao mais perdido, intuitivo É uma criança em tiroteio Tô sabendo discernir entre o bem e o mal Vou escolher o caminho do meio É o rei do lodo, que abre lama por Onde eu corro Na faixa branca da bandeira Escrevo socorro Enquanto os políticos e milicos, esmilinguidos Só faltam fazer nevar no Brasil Guerra Civil, açúcar e expresso As balas dos policiais pecam por excesso Na era da informação, o que você não viu Acaba se perdendo Faça você mesmo seus backups Válvulas de escapes, vivendo no ápice Um brinde A todos animais melados de óleos Os tigres de bengala, os mindrils, os coalas Que viram estampa de animal print e mandalas Caleidoscópio Como se Deus tivesse fumado ópio E sem coordenação motora, colocou de propósito O poder do milagre na ação coletiva do povo Só vai realizar se a gente se unir Porque depois de nóis, é nóis de novo Urubu, tição, ovelha negra Quebrador de regra é visto como vilão, modo avião Viagens pela órbita, um turismo sci-fi O mundo só é pequeno pra quem tá no wi-fi Então vai Caçadores de tomada com a carga viciada Só entendem a alegria quando a bateria acaba Cuide bem da sua energia O metrô conseguiria andar sozinho De tanta catraca rodada Por que a gente ainda paga energia elétrica Se tudo o que fazemos vira energia cinética? É tudo estética, sem fundamento Tudo que assim levanta, cai depois de alguns momentos Distração enfeitiça e o povo comemora Vira areia movediça, depois perde a memória 7 a 1 desestabilizou a burguesia Mas a maioria leva 7 a 1 todo dia Em toda favela tem Um prêmio Nobel Que a polícia caça e mata Que a polícia caça e mata Em toda favela tem Um prêmio Nobel Que a polícia caça e mata Que a polícia caça e mata Continuamos presos ao julgamento De alguém Livres pra ser o próximo Bilionésimo no shopping trem Prontos pra representar o Processo deliberativo de uma crise Econômica Que não vemos nada de mal nisso Às vezes a felicidade é ir vender Fruta na praia Ou comprar industrializado E voltar do mercado pra dentro da Sua jaula Não é competição, mas pô, suave Prefiro não ter dinheiro, mas manter O caráter O preconceito te acompanha em Direção a faculdade Invade as frestas, independente de Onde começa Desde a saída da sua casa no trajeto Dessa festa Um diploma é uma arma na mão Estudo é o escudo Mas quando uma estudante de pele Preta é morta na frente da escola Isso diz muito sobre o mundo Em toda favela tem Um prêmio Nobel Que a polícia caça e mata Que a polícia caça e mata Em toda favela tem Um prêmio Nobel Que a polícia caça e mata Que a polícia caça e mata Em toda favela tem Um prêmio Nobel Que a polícia caça e mata Que a polícia caça e mata