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Queima de Arquivo

Fabio Brazza

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Os manos que mataram George Floyd
Merecem um soco de George Foreman e Floyd
Mayweather, hoje eu tô meio Tyson e meio Eder Jofre
Pra tombar esses racista podre
Fuck the police que não ouve
Não consigo respirar, mas não é COVID
Você sempre soube sobre
Distanciamento social no Brasil sempre houve
Dá um close, vê de perto
O que eles fizeram com João Alberto, espancado no supermercado
Cuidado, mundão arisco
Se você não tá no grupo de ricos, tá no grupo de risco
“O racismo não existe”, disse o Bozo e o Mourão
Onde vocês moram?
A pandemia revelou bem mais a nossa divisão
Aê, cuzão, o COVID me tirou o olfato, mas não a visão
Quais vidas importam? É um fato tão óbvio
Como eles ainda discordam?
Memo se tivesse de Air Jordan
Amanhã podia ser a sua “last dance” se os policiais te abordam
Eu não sou MC, sou doador de órgãos
Meu coração vai pra todos que são dessa justiça órfãos
Contra esse vírus tenho anticorpos
Eu sei, mas não canto o que vivo, hoje eu canto pelos mortos
Refrão
Saiam das suas casas, saiam das suas covas
Hoje os mortos vão se levantar
Dessas covas rasas pra mostrar as provas
Que o sistema tentou apagar
Saiam das suas casas, saiam das suas covas
Hoje os mortos vão se levantar
Dessas covas rasas pra mostrar as provas
Que o sistema tentou apagar

Dararara
Dararara

Quando o rap canta
É cada índio morto pela colonização que se levanta
É Zumbi vindo vingar os que cortaram sua garganta
É pra acordar defunto e até quem foi calado
Nessa hora canta junto seu cântico
É pelos ossos em pilhas que fazem trilhas no Oceano Atlântico
Os levados pela corrente dos mares e dos maus
Ganham vida pelos bares e saraus
E cada alma assassinada num navio negreiro
É ressuscitada por cada rapper negro brasileiro
Quando o rap canta, parceiro, quem canta primeiro
É João Candido, Chico Mendes e Antônio Conselheiro
E quando as mina canta
É por Ágatha, Maria, Marielle e outras tantas
E se o corpo de Amarildo ainda não foi visto
Não posso perder tempo falando da roupa que eu visto
Não adianta, quando o rap canta
É uma baioneta apontada bem na cabeça desses pilantra
É pra assaltar o cofre de quem roubou da gente
E devolver pra quem não tem nem o da janta
É o grito na garganta de quem luta aqui
Cada música é uma autópsia e o mic é um bisturi
E cada MC é um médico legista
A falar pelos mortos que ainda vivem a clamar pela justiça nunca vista
Refrão
Saiam das suas casas, saiam das suas covas
Hoje os mortos vão se levantar
Dessas covas rasas pra mostrar as provas
Que o sistema tentou apagar
Saiam das suas casas, saiam das suas covas
Hoje os mortos vão se levantar
Dessas covas rasas pra mostrar as provas
Que o sistema tentou apagar

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