No vai e vem apertado da selva de pedra (vai, vai, vai) O corpo mirrado nunca se entrega (não, não) Entre Jesus, Marias e o Diabo Os deuses por aqui são vários Mas nunca, nunca são escutados É o espelho da alma Do caos, da lama E de quem mata De quem ama De quem chora E de quem sangra De quem ainda respira E se vira sem fama O sangue que escorre é nosso Não é ator, a vida é real Não é onda É um mar de gente dizendo adeus Eu? Eu sou apenas um eco De milhares, de milhões iguais a mim Que lutaram, que tombaram Pra que hoje pudéssemos existir Não me apago Me refaço Toda vez que subo no palco Eu sou de um lugar Onde as lágrimas são escondidas pelo suor Durante o esforço em meio aos destroços (pessoas) Onde o futuro é nosso carrasco Mal trato Mas tão desejado Sou filho, a filha Sou tudo que quero ser E quando olho no espelho da alma Eu vejo você (faccionário, faccionária) A vida é uma crônica Entende? E seu pior inimigo Ainda é a sua mente