Uma abelha contou Que um beija-flor pousou num pé de vento Que a flor que murchou e ninguém aguou Vai ter seu tempo De florar feliz De ser dos colibris um porto leve Pra beijos de paixão Que às vezes é vulcão E às vezes neve E quem duvidar Que pergunte ao canário Que é quem sabe do itinerário Do bicudo que beija as flor Pra se certificar Se é verdade o que diz o recado Que quem vive por dentro murchado Haverá se aflorado de amor