Soneto à derrota

Gauche

Que desgosto... 
Tanto trabalho pra nada. 
Nem uma medalha, 
Nem um beijo no rosto. 

Meu esforço... 
Vejo jogado na cara. 
Minha fé não mais apara, 
A dor de ser o oposto. 

Me sinto um torto, 
Um canhoto safado, 
Um alienado. Do perfeito o oposto... 

No grito eu falo, 
No silêncio eu calo, 
Leproso safado. Do perfeito o oposto...
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