Era a temida tristeza no peito a chegar Era a distinta frieza no rosto e na voz Mais de mil olhos vazios a olhar por olhar E o inquebrável desejo de estarmos sós Por isso amor Pega-me na mão Segue a minha voz Dizem que há um dolente cantar de saudade Onde os amores proíbidos se escapam na voz Perdidos entre os rumores desta velha cidade Que espera o cio da noite e se esquece de nós Mãos invisíveis suspendem fios entrelaçados Que nos intuem os passos e pensamos nós Sermos os donos da vida e assim descuidados A vida vai-nos gastando, cruel e veloz