E foi poeira na estrada Que o vento ruim balançou E foi tristeza mais óia Na hora da bóia Que o corpo boiou E boiou num achego Num desassossego Boiou na miséria De um tempo qualquer Boiou na cachaça que ninguém esquece E sem carteirinha do INPS E boiou na desgraça Afogou na fumaça Marmita vazia A dor de viver Morreu sem ter tempo De ser perdoado Por ter feito o pecado de nascer.