Versos Vegetarianos

Inquérito

Composição de: Arnaldo Antunes / Inquérito
tom: G Afinação: E A D G B E
Solo piano
E|-7-------------------7-------------------------------------------------
B|---8----10----8----------8-----10----------------------------------
G|-----9------------9----------9----------------------------------------
D|------------------------------------------------------------------------
A|------------------------------------------------------------------------
E|-------------------------------------------------------------------------

E|-7-------------------7-------------------------------------------------
B|---8----10----8----------8-----10---8------------------------------
G|-----9------------9----------9-----------9----------------------------
D|------------------------------------------------------------------------
A|------------------------------------------------------------------------
E|-------------------------------------------------------------------------

         Em                       Am
Tomei um soco do sol na cara, meu despertador natural
    Em          Am
Lavei o rosto, saí pro quintal
           Em                      Am
Cansei de telejornal, de sangue, carne espirrando
           Bm
Pensei em fazer uns versos vegetarianos

(Em Am Bm)

Falei com Deus, meu nutricionista espiritual
Que disse pra eu evitar de me alimentar do mal
Mas se a gente é o que come
E quem não come nada, some
Por isso ninguém enxerga essa gente que passa fome
Eu fiz meu rap virar cereal cerebral matinal
Pros moleque não morrer de desnutrição mental
Trocar os programa enlatado, lotado de conservantes
Por um instante, um Ni Brisant, conservantes
Vim pra impregnar, rá! Tipo cheiro de Cheetos
E atravessar gerações, que nem os Beatles
Só vou desistir, abortar minha missão
Quando a educação aqui virar ostentação

Tudo vem do vento do vem
Do vento vem tudo vento vem
Do vento vem tudo
Tudo vem do vento tudo vem
Do vento vem tudo vento vem
Do vento vem tudo

Loucura
Dieta lembra ditadura
Onde a gente tem que fechar a boca, ficar na moral
Todo regime radical, faz mal
Regime militar, alimentar, talibã
Drogaria, socorro imediato, Cpf na nota
A farmácia é uma biqueira com Cnpj

Igual a mim, aqui, quantos fi de mãe solteira
Que viu no rap, ali, um pai pra vida inteira
Já engoli sapo de patrão até umas hora
E por não querer ser robô fui mandado embora
E eu fui embora, atrás do meu sonho, viver da música
Cansei de dar meu talento praquela metalúrgica
Operário padrão, dentro de uma fábrica
Quer saber o que eu fazia? fazia lágrima
Deixei de ser o mecânico da oficina cinzenta
E hoje uso as palavra como ferramenta
Mas nem esquenta, são trinta primavera primo, tô firmão
De corpo e alma, honrando a missão
Onde os abraço são falso e o beijo é técnico, dá um saque
As ruas têm mais câmera do que o Projac
Cuidado irmão, não vai jogar tudo pro alto
Pra tirarem sua liberdade, isso que é assalto

Tudo vem do vento do vem
Do vento vem tudo vento vem
Do vento vem tudo
Tudo vem do vento tudo vem
Do vento vem tudo vento vem
Do vento vem tudo
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