O patrão arrendou campo Pra o lado dos "pirilampos" Nas bandas do "tiarajú" Vai boi e vaca de cria Antes que chegue a invernia Pra sapecá um couro cru. A tropa amassando o pasto E a chuva que apaga o rastro Prenuncia um temporal Toca boi! olha o clarão Que aguaceiro de verdão Não assusta índio bagual. São doze dias de tropa Chapéu batido na copa E um trancão de homem campeiro O capataz co'a peonada Segue ao tranquito na estrada O seu destino tropeiro. Que sina desses caminhos Quando o vento em redemoinho Quase lhe arranca o chapéu Um barbicacho de lonca A estampa que é uma "estronca" Pra enfrentar esse "mundéu". Ainda existem essas tropas Chapéus batidos na copa E fronteiros de a cavalo Ainda existem as toadas Pra quem ronda as madrugadas E acorda ao cantar dos galos.