Se caso eu encontrar um tropeiro Na estrada que vai pra vila Leva no mais este chasque Da estância da corunilha E avisa o joão mulato Que vem vindo seu hermano Um que se foi num setembro E se mesclou com os paisanos Agora já vem de muda Com três mouros no cabresto Orientais, pelo jeito Me disse o velho pedro Que a pouco chegou no rancho Trouxe coplas na guitarra Milongueando este retorno Pela melena tordilha Algum sinal dos agostos Vinha no velho tostado Parceiro do estradiar A mansidão das pupilas Quando cruzou a divisa Nos marcos do uruguai A tarde se derramava Em bronze sobre o varzedo Ele apeou as cismar E um vento veio em segredo Lembrando velhas histórias Manoteou o bichará Que tanto tropou o vento E tranqueou sangrando o tempo Numa ânsia de chegar Cada passo que cruzava Lembrava o velho candoca Amadrinhando velhacos Pelos parronais e grotas E os causos do joão mulato Nos varzedos da inverneira Um ventito nas paineiras Lembrava um par de chilena Abrindo rastros no outono Agora uma lua grande Branqueava o lombo dos mouros E o cheiro da madrugada Levantava dos banhados Passou a velha porteira E o vento da cordilheira De novo veio ao encontro Pra saudar o retorno Nos galhos das pitangueiras Investiu pela ramada Florida em pontos de lua E parou junto ao galpão Num quadro mouro de almas Machucadas de distâncias Luziu o galpão do fogo No alerta dos ovelheiros E viu o velho parceiro Mateando os lumes de agosto Investiu pela ramada Florida em pontos de lua E parou junto ao galpão Num quadro mouro de almas Machucadas de distâncias Luziu o galpão do fogo No alerta dos ovelheiros E viu o velho parceiro Mateando os lumes de agosto