Genuíno homem tempo, tempo e homens peregrinos Um por saber dos outros rumos outro sem saber do destino Ao repisar velhos caminhos com olhos que lembram o campo E entre esperas e cimento, descobrem o triste pelo o olhar de tantos Genuíno verso claro, claro verso num poema Pelo papel vida e palavra, pela voz a alma condena Por reescrever na saudade as lidas páginas de um livro Que a muito amarela em silêncio, na gaveta esquecido Genuíno canto puro, puro canto por guitarra No idioma das madeiras, altar que em paz se agarra Na prece em pulsar no peito a imagem que outra fé traduz Unida em três braços solitários que a sombra revela igual à cruz Genuíno homem vida, vida e homem lado a lado Um busca rumos pro futuro, outro preso ao passado O novo pela pressa dos caminhos o próprio caminho não refaz Falsos passos que se apagam sem ver a poeira que ficou pra traz Genuíno tempo e homem puro verso genuíno Guitarra pela voz que a alma condena qual a cruz pra um peregrino Que busca os rumos pro futuro sem apagar no passado Os passos impressos no caminho vida e tempo, homem lado a lado