Se eu não parecesse tão escolada Se o bom comportamento Não fosse um hábito Se eu não fosse tão misteriosa Se antes de falar sete vezes Minha língua não fosse girando Se eu não contasse meus dedos Para evitar qualquer deriva Se comigo as boas maneiras Não fossem tão invasoras Eu as esmagaria no chão Com uma força inacreditável Se eu não amarasse ás minhas têmporas Dois impecáveis favoris Se eu não apagasse a lâmpada Quando eu tiro minhas roupas de baixo cinzas Se eu não ruborizasse Se eu estremecesse um pouco menos Se por prazer, de vez em quando Eu me concedesse um pequeno baseadao Se minha vida fosse menos perfeita Se eu tivesse o gosto do perigo Se eu soubesse fazer a festa E só uma noite perturbar-te Se eu aceitasse em participar Às conversas de baixo calão Para mim também ter a minha parte Do bolo mais imundo Se eu chegasse do meu campo Com meus tamancos cheios de bosta Se eu desfilasse de biquíni Com jeito libidinoso Se eu te olhasse de cima Se eu te pegasse por trás Se eu alcançasse ideais Dos que quebram barreiras Se eu não ficasse com medo de mais nada Se eu não temesse mais ninguém Eu poderia dizer: Vamos la Eu te levo para sierra leõa Com jeito e virilidade Eu pegaria do teto O abajur cor via láctea Para te dar de presente Meu grande azar, é que com "se" Se pode ir muito longe Sem eles eu me encontro desprovida Eu não faço nada eu não faço nada Eu não faço nada eu não faço nada Literalmente nada De nada