Habito meus dias com tua lembrança E os mates se adoçam trazendo aconchego Teu cheiro em meu poncho ainda arranchado, guardei emalado Por sobre o pelego O mesmo pelego das noites de amor O mesmo calor dos dois num abraço E um céu estrelado no vau da janela Moldura singela de um sonho em meus braços Quem sabe, morena Um dia teus lábios cheguem mansinho nos meus Quem sabe em silêncio tua boca me diga Te amo por toda a minha vida Meu bem Quem sabe o destino por potro se amanse Mas nunca se canse de amar e querer Buscar nas estrelas, na luz do cruzeiro Teus olhos luzeiros Razão do viver Ainda te vejo vestida de aurora Com lábios de amora e mel de mirim Ainda me vejo mateando sozinho Buscando carinhos latentes em mim