Não importa se o sol brilha na plantação Se está chovendo ou se é noite de luar Não conhece a vida, mas segue sua função Ele sempre está lá, solitário, a esperar Com sua cara inerte, sem expressão E o seu olhar perdido a procurar Suas roupas velhas a protegê-lo Ele fica firme, solitário, a esperar Com os braços abertos até a palma da mão Um São Francisco que só consegue espantar Um sorriso torto sem nenhuma pretensão Ele é um solitário e vai esperar Não pediu para nascer e nem para estar lá Já pensou bastante, mas só conhece a dor Sua qualidade é a esperança Ele é um espantalho esperando amor