Ele veio de longe Tinha louras melenas Que ondulavam serenas Ventos imigrantinos E arranchou nas coxilhas Irmanado aos minuanos Converteu campechanos Pelos pagos sulinos E se fez tão gaúcho, que, na tarca do tempo Foi herói do relento. Nova lida ao peão Pelas terras vermelhas, cantilena de cascos Entre mate e churrasco, olha a verga, pinhão Cremos na gente Que traz no trabalho A sina do orvalho E a vida pra o chão Cremos na terra Na ideia-semente Lavoura consciente No trigo pra o pão N'aquarela dos dias Se pintou o motivo E o trigal tão festivo Já não cobre o rincão E, nas vozes do vento Há prenúncio de fome Se lembrança tem nome Olha a verga, pinhão! Hoje, tanto povoeiro negaceia sustento Na procura de alento, pela angústia das filas Velho cacho campeiro, volte ao pago que anseia Volte à mão que semeia. Seja o hino das vilas