Quando o "vidro dos meus olhos" se quebrarem... Lá no fim, Vou matear com o velho Rillo num fogão - celeste enfim - Aquecer águas de vida... Da cacimba que há em mim... Que as reticências dos poemas Sejam largos lumes a mostrar o rumo A quem foi - um corpo... E terá a alma Pra vestir poesia e saudar seus dias com sorriso novo... Floresço... E assim me encontro, proseando com o hoje, Lembrando que o ontem não finda jamais, Mas troca de nome, ganhando pra uns. Ou roubando o presente... No futuro de alguns. Minha mãe... Mil gracias por esta partilha, Que escorro sorrindo no olho da pena O gen mais valioso que então desenvolvo E em versos devolvo aos teus dias... Morena... - Há momentos em que a morte Nos devolve o dom da vida Nesse fim renascimento Que apelidamos... p a r t i d a - Às vezes morremos nas dores do mundo Às vezes partimos nas curvas do tempo Porém somos feitos para ir e voltar Nos resta sentir todo o tempo que o mundo Nos deu nesta vida pra rir e chorar Meu potro esperança com força pampeana Clarinata, na soga, sua gana estradeira. E eu sovo "potreras", mateando meus dias. Lonqueando poesias... Pois tenho fronteiras. O amanhã? É o rei das esperas... Por ser o ponteiro na tropa do tempo, Que todos rondamos, Cada qual... Em seu pingo Fundindo vivências nos acampamentos, Ponteando guitarras por tantos domingos, Parando rigores nas abas bem largas Que estampam gauchadas E mostram quem somos... Indiada de campo, que moldou-se aos anos, Do pança-de-burro - restaram resgates, Dos ferros templados: o acaso do embate; Nenhuma medalha que valha os irmãos Que adubam o chão dos xucros combates - Se a sanga que escorre dos olhos "tupãs" Lavar por inteira a alma dos homens, "My madre"... Quem sabe os olhos dos mesmos, Emprenhem seus gens - em muitos poemas, E a vida não finde... Aos tropeiros do tempo Que só ressuscitam...