De uma semente de lua nasce o cantar de um tropeiro que acende olhos noturnos para enxergar alma dentro No céu escrito entre amores na poesia dos ventos em toda vida na estrada com seus preságios de tempo Apeio e componho as garras olhando a tropa que sente porque meu canto de ronda tem um mistério e consciente que aperto junto da cincha olhar de lua em semente e vejo que o campo é Deus rondando a alma da gente Canto semente de lua pedindo luz pra viver sorriso livre entre a noite que espera o sol pra morrer Canto de paz maternal no olhar da lua redonda bebendo alma e sereno benzendo aquele que ronda Talvez o próprio silêncio respire junto ao meu moro que adormeceu sobre as garras suas virtudes de touro Talvez entenda,sonhando porque a semente de lua que bebe a voz do sereno germinam um canto charrua depois se fundem ao orvalho e sobre a tropa flutua escute a voz escondida que mora além desta imagem que te oferece o silêncio onde respiro o que penso a noite que passeia nua e sobre o campo flutua a poesia dos ventos pra germinar alma dentro uma semente de lua