Um canto livre de torear a madrugada Me achou de espora calçada No garrão de um milonguear A despertar sobre o lombo da coxilha Um retouço de tropilha com braseiros No olhar... Lua imponente, china linda andou ausente Veio vestir de crescente Meus costumes galponeiros Me fiz inteiro canto largo de querência E afoguei todas ausências que Habitavam meu sombreiro Venho templando as choronas, Sovando carona nalgum redomão E esta milonga gateada Redomoneei nas estradas Sovando gaita e violão Por ser mais livre que a tormenta que Se expande Tenho a estampa do Rio Grande Das peleias ancestrais E me fiz terra quando os clarins ressoaram E os centauros encilharam na defesa de ideais Por isso canto a torear a madrugada Sempre de espora calçada No garrão de um milonguear A despertar sobre o lombo da coxilha Minha pátria farroupilha, que algum dia há de voltar!