Teu olhar de campo e sanga Mergulhado num sorriso Teu cabelo negro e liso Qual a seda do meu lenço... Imortal calor intenso Quando chego frente a sanga E a mais doce das pitangas, Por amor, sabe o que penso. Quero um beijo, junto às pedras, Onde banhas teu perfume, Onde os peixes têm ciúme Quando estou nas tuas preces Onde a natureza desce Com seu sangue e esplendor E um casal de campo e flor Tem a alma que merece. Onde os índios se banharam: Molhou o nosso querer... Onde as sombras se afogaram: Hoje, vamos renascer. Onde lavas teus vestidos Quero banhar o meu ser E depois pedir a Deus Teu mundo para viver Quantos romances brotaram Nas sangas vivas do campo, Quantos pingos esperaram, Maneados em seus encantos. Que, campo e flor mergulhassem Ardentes, cadentes... ...ultrapassando o inocente que habita a simplicidade, de nascer: - campo e verdade - e na sanga da humildade banhar o amor, simplesmente..."